sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Lady Wilma- Tribal Brasil Urupemba

"-Nos pés eu sou Tupi, no quadril eu sou baião e no coração eu sou capoeira."
Lady Wilma.

Foto: Fernando Espinosa- Caravana Tribal Nordeste 2017

Olá caros seguidores,

Faz uma eternidade que não posto nada, pois é, muita coisa aconteceu devido a problemas de saúde na família. Quando isso acontece fico desestabilizada e não consigo concentrar-me em outra coisa a não ser resolver logo as pendências, pra depois pensar em mim mesma. Mas, isso deve ser conversa pra outro post.

Venho divulgar no dia do bailarino o meu vídeo de Tribal Brasil com a coreografia Urupemba ou mais conhecido como Urupema, dança com influencias nas matrizes: indígenas, afro e baião. Retratando desde o surgimento do instrumento, passando pela dança da peneira como é conhecida aqui no Nordeste brasileiro nas festas juninas e finalizando com uma singela homenagem a cultura afro-brasileira, usando a capoeira com a representação das peneiras de ganho.

Toda essa pesquisa só foi possível dentro do Curso de Formação em Tribal Brasil idealizado e coordenado por Kilma Farias, no qual comecei na turma presencial e logo depois segui para a turma online, concluindo com apresentação da coreografia. Veja o resultado a seguir:


Ficha Técnica:

Coreografia: Urupemba (Urupema) por Lady Wilma.
Pesquisas realizadas dentro do curso de Formação em Tribal Brasil, turma 3 do Núcleo de Danças Kilma Farias em João Pessoa.
Música: Mix (Toré, Eu tava na Peneira (Luiz Gonzaga e Elba Ramalho, Electro Baião+ Capoeira Mix), produção de DJAC.
Figurino: Top e cinto (Alzenira Travassos), Saia e Bufão (Socorro Macedo), Customização do cinto e head pierce (Lady Wilma).
Customização Peneira: Lady Wilma.
Imagens do vídeo: DJAC - Festival da Estação Cabo Branco 2018
Fotografia (Capa do Vídeo): Bruno Vinelli

Foto: Fernando Espinosa- Caravana Tribal Nordeste 2017

Essa coreografia foi apresentada em primeira mão na Caravana Tribal Nordeste em 2017 com edição em João Pessoa-PB, foi minha primeira participação neste evento que à tanto desejava levar um trabalho meu, em 2015 até pensei em levar o duo Cisne Negro mas, não foi possível. Aguardando a próxima edição na cidade ou próxima dela para poder participar. Mas, o maior prazer mesmo foi estar pisando no mesmo chão de artistas que admiro, aprender com eles nos Works e dividir o camarim.Isso não tem preço, experiência inesquecível, sem falar nas fotos do Fernando Espinosa, uma sensibilidade incrível pra captar todas essas emoções, veja:

Foto: Fernando Espinosa- Caravana Tribal Nordeste 2017

E por fim, só tenho a agradecer, primeiramente a minha mãe por ainda continuar me ensinando sobre sua infância no campo e suas danças, também gratidão pela "rudia". Ao meu pai por me ajudar a comprar os tecidos para compor meus figurinos e todo apoio. A Alecsandra Matias, Kilma Farias e Hellen Labrinos por todas as dicas, oportunidades, ensinamentos e carinho, vai pra toda vida. Ao DJAC meu companheiro, fazendo os registros de vídeo e editando a música para minhas apresentações. Aos fotógrafos Fernando Espinosa e Bruno Vinelli por tanta sensibilidade nas fotografias. Gratidão a minha cunhada e a Alzenira por idealizar esse figurino junto comigo e tornando essa história em realidade. Espero não ter esquecido de ninguém, todos estão no meu coração.

Até a próxima,
Bloody Kisses de Lady Wilma.

                                         Foto: Fernando Espinosa- Caravana Tribal Nordeste 2017

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Depressão VS Chester Bennington (Linkin Park)

Olá caros seguidores,

Sim amores, queria muito ter escrito este post o ano passado, mas, infelizmente pessoas de forma arrogante passaram a fazer piadas e comentários maldosos à respeito do assunto, claro que teve mais fãs lamentando. Mas, pra evitar que viessem aqui escrevendo comentário do tipo: "- Ele tinha tudo na vida, não tinha motivos pra se matar"; "- Se matou porque era um viciado e o fim de todo viciado é a prisão ou a morte.".

Linkin Park


É difícil falar sobre esse assunto, ainda mais quando hoje dia 20 de Julho de 2018 completa 1 ano dessa chocante notícia, já não bastasse dois meses antes perdermos o Chris Cornell, tivemos que em pouco tempo resistir à dor da perda desse homem que com sua voz, me trouxe à vida. Não pretendo falar de sua trajetória na música, a mídia está cheia de posts e artigos falando detalhadamente sobre então, basta pesquisar e poderás encontrar tudo à respeito. Vou falar sobre a relação dos meus problemas de depressão e como a voz do Chester me fez desistir de pensar em suicídio novamente. 

Desde minha infância sempre tive inclinação à gostar de rock, talvez por influência do meu irmão já que ele escutava rádio todas as manhãs malhando no meio da sala, o que também me fez gostar de artes marciais e filmes de ação. Mas também, quando ia pra casa da minha prima assistia algumas poucas cenas de Entrevista com Vampiro e na adolescência com televisão no meu quarto assistia O Corvo e Rainha dos Condenados (meus preferidos) e claro, as trilhas sonoras desses filmes em encantavam. 

Mas foi em novembro de 2003 com 13 anos, depois de passar desde a infância até início da minha adolescência sofrendo com bullying na escola por ser à cima do peso, sofrendo com anorexia e ansiedade, tentando ao menos fazer parte de um grupo, cansada daquela perseguição diária sem ninguém que acreditasse em mim ou ao menos uma palava de conforto, alguma ação que pudesse fazer aquele grupo de meninas pararem de me machucar psicologicamente e fisicamente. 

Comecei a aceitar o fato de que não valia a pena mais viver, sim, por muitas noites eu chorei achando que o problema era em mim e não nas pessoas que me faziam mal. Embora tenha pedido ajuda à minha mãe ela também não compreendia o que era Bullying e considerava brincadeira de criança, mas, pra mim com 13 anos não era mais brincadeira e estava me colocando pra baixo, esgotando todas as minhas possibilidades de tentativas que fiz pra ser aceita, estava desistindo de tudo.

A morte parece ser uma amiga nessas horas, ela começa a rondar você te convidando e claro, na fragilidade do ser, com o coração desesperado parece ser uma ideia maravilhosa e extremamente reconfortante, era o que precisava para sair daquela angustia. Ela me mostrava as várias maneiras de tirar minha própria vida (só não contarei aqui quais para não incentivar quem está passando pela mesma situação), mas, pensei na primeira e busquei uma forma de realmente acontecer e acabei desistindo. A segunda estava começando a colocar em prática, tinha feito até um teste pra ter certeza que teria coragem, foi quando sentei no sofá da sala ainda sob êxtase, aproveitando meus últimos suspiros e pensando no quanto aquilo iria me fazer bem, como iria colocar fim à todo meu sofrimento, do nada escutei as primeiras notas da música Numb do Linkin Park (última faixa do disco Meteora)

Imagens do clip Numb.

Naquele momento entrei em outro tipo de êxtase, não sabia o que significava a letra daquela música, mas, as imagens da garota do clip me fez desistir do que estava fazendo, porque simplesmente encontrei alguém que me entendia. A voz do Chester ao mesmo tempo suave, limpa e calmamente convidativa, pareciam abraçar-me sussurrando no meu ouvido dizendo que ia ficar tudo bem e logo iria passar, e ao mesmo tempo seu gutural parecia colocar pra fora tudo que estava guardado dentro de mim (mágoas, angustias, frustrações). 

Desse dia em diante fiquei com essas imagens do clip na cabeça, eu me via no lugar daquela garota do vídeo, era reconfortante saber que não era única. Foi ai que comecei a procurar de qualquer maneira uma forma de ouvir novamente aquela música, comprei pilhas e coloquei no meu walkman sports (das antigas esse, na cor amarelo com azul) e fiquei procurando a música na rádio, era meu up. Depois disso falei com uma vizinha que gostava da banda e para minha surpresa ela tinha o CD Meteora e me emprestou por uma semana, cada música que escutava parecia falar um pouco mais de mim, principalmente From the Inside e Easier to Run.

Virei fã da banda sim, tinha que escutar todos os dias para me sentir bem. Mesmo na época não sabendo o que as letras significavam. Em 2004 voltei pra escola com outra cabeça, atitude e roupa, assumindo que era "roqueira", fez com que o grupinho de meninas parassem de me incomodar, pois, era amiga de um garoto novo na sala "roqueiro* e ele me apresentou outras bandas como : Metallica, System of a Down, Led Zeppelin, entre outras. 

Bem, minha história não parou por aí pessoal, só eu sei o que tudo isso me causou desde essa época até os dias de hoje. A quantidade de antidepressivos e tarja preta pra dormir e relaxar, meus ataques de ansiedade, anorexia que me fizeram emagrecer rapidamente em  mais duas crises em 2005 e 2008. Também comer desenfreadamente nos intervalos em que fazia o tratamento, melhorava sim algumas coisas, mesmo ficando "grogue", quando o efeito passava aquelas sensações de medo, frustração, angustia, as imagens do bullying, o medo de comer,  crises do pânico com medo de passar mal quando sair de casa, sensação de sufocamento, como se o coração fosse parar de vez vinham à tona. Quantas noites eu acordei meus pais passando mal, quantos exames eu fiz e minha saúde perfeita, quantas oportunidades eu deixei passar por falta de autoconfiança, já indo fazer as coisas sabendo que não ia dar certo, que não merecia ser feliz. Quantas manhãs acordei pensando na quantidade de coisas que tinha pra fazer mas, sem coragem de levantar, de correr atrás, você quer e sabe que tem que fazer mas não consegue.

Acham pouco? Simplesmente faz 10 anos que tenho acompanhamento com psicóloga e 8 anos que decidi parar com os antidepressivos. Mesmo assim, as vezes essas coisas voltam a me assombrar e você se pergunta: "- Mas ela tem tudo, não faz sentido ter isso, tanta gente no hospital pior que isso.". Ter tudo não faz diferença pra depressão, assim como também a quantidade de pessoas morrendo nos hospitais, pois depressão é uma doença silenciosa que consome e assombra você pro resto da vida. Hoje minha válvula de escape é a dança, artesanato e o canto, na época da minha adolescência era escrever diários, letras de músicas e poesias que falavam de tudo que eu passava, já que não havia ninguém pra acreditar em mim, então colocava tudo no papel, minha forma de desabafar.

O mais engraçado é que tem gente banalizando a depressão, quando não é assim confundi com tristeza. Os mais religiosos dizem ser falta de Deus, os que não entendem e nem procuram saber dizem ser "safadeza" que quer "chamar atenção". Sim, queremos atenção, atenção para que parem de nos ignorar e começarem a tratar a depressão como uma doença gravíssima na qual precisa de tratamento urgente.  

Linkin Park Live in Texas

"Chester, você foi minha inspiração, as letras do Linkin Park fizeram perceber que não estava sozinha nessa e você também não estava, sua voz me fez tentar lutar até hoje contra minha própria mente, suicídio não foi ato de covardia e sim de muita coragem, nem todos conseguem fazer o que você fez, colocar fim ao sofrimento, a angustia diária. Todos os dias acordamos mentindo pra nós mesmos, fingindo acreditar que tá tudo bem e que tudo vai dá certo naquele dia. Nós sabemos o quanto é difícil esquecer, controlar os pensamentos ruins, só que eles aparecem do nada e por um momento de distração já estamos em plena agonia, pedindo socorro silenciosamente, gritando por dentro sem que ninguém consiga ouvir. De qualquer forma aprendemos a guardar certas coisas pra não fazer quem amamos sofrer. Meu primeiro piercing coloquei inspirada em você, sua voz inconfundível até hoje me arrepia, ela expressa tudo que eu queria gritar pro mundo. Agora só posso ouvi-la através de vídeos da internet, pois, minha esperança de um show ao vivo se foi. Espero ter capacidade pra expressar todo sentimento que sua voz inspira em mim na próxima coreografia que vou dançar em sua homagem. Se houver um outro lado, quero poder encontrar você, dar o abraço que senti com sua voz na música Numb e dizer: "- Agora está tudo bem."."

Descanse em Paz.


...


sábado, 14 de julho de 2018

O que está acontecendo com a cena gótica?

Olá caros leitores,

Acredito que seja o primeiro post no blog que venho falar sobre o assunto "Cena Gótica", isso mesmo, tenho percebido uma fragmentação dentro de uma cultura que já é pequena no nosso país e cada vez mais vem se tornando frágil.

Devo admitir que só posso falar daquilo no qual meus olhos alcançam e sei o quanto é difícil idealizar encontros, eventos e entre outros com a finalidade de reunir seguidores da área no mesmo ambiente em forma de confraternização, para trocar ideias e possivelmente discutir formas de expandir horizontes. 

Poucos são os locais que abrem suas portas aceitando parcerias, assim como também organizadores realmente empenhados em assumir responsabilidades e as vezes até gastos do próprio bolso na busca de trazer o diferencial e aproximar cada vez mais o público fiel dos artistas que admiram. Também não posso deixar de citar a valorização dos artistas locais dentro da cena como: bailarinos, poetas, declamadores, atores, roteiristas, pintores, escritores, músicos, entre outros; convidados à contribuir com sua arte para a cena.

João Pessoa-PB é uma cidade capital pequena para cultura, apenas alguns conseguem subsídios de editais da prefeitura para fazer eventos com valores acessíveis e mesmo assim, nem sempre a casa não consegue se quer ocupar 50% da sua capacidade. Digo isso dos artistas da própria cidade, mas, se falar dos famosos que vivem diariamente na mídia os ingressos esgotam -se em poucas semanas, dias ou horas. Não é qualquer proposta que é contemplada nos editais, devo admitir que a famosa "panelinha" existe.

Mas enfim, o que está acontecendo com a cena gótica? Não sei como é nos outros estados do Norte, Centro-Oste, Sul e Sudeste. No Nordeste somos poucos e como em todo e qualquer ambiente, nem todos pensam da mesma forma, as divergências ocorrem e a fragmentação acontece, quem mais perde é a própria cena. Já ouvi dizer também que isso é bom, pois, as pessoas tem mais opções e eu realmente concordo, mas, em uma cena com tão poucos participantes uma hora as cinzas podem desistir de virar fênix e todos perdem igualmente.

Gostaria de colocar um pouco da minha visão não sobre os organizadores pois estes já fazem o possível e o impossível para manter a chama dessa vela acessa, nem muito menos dos artistas, músicos, convidados em geral já que na maioria das vezes dispensam o seu cachê e doam sua arte. Mas foco principalmente nos participantes onde vejo pontos que preciso destacar e esses na minha opinião são uma das causas que mais têm contribuído para atual situação da nossa cena.

Os eventos, encontros, shows são organizados pensando no que o público anseia, existem aqueles participantes que apoiam fielmente, divulgam, compartilham, chamam os amigos, organizam caravanas, separam o dinheiro para entrada (quando há), vestimenta, transporte, etc. Mas, também tem aqueles que:

  • Não participa, as vezes nem comparece e usa as mídias socais para criticar;
  • Quando comparece as vezes nem entra no evento, fica de fora e depois vai criticar do mesmo jeito desta vez com o propósito que foi pra curtir e se arrependeu;
  • Para aqueles que participam e depois coloca defeito em um som, apresentação, ou qualquer contra-tempo que possa ocorrer, não valoriza os esforços feito para contornar a situação e claro, que sempre pode acontecer. O pior é quando joga nas redes sociais, dando a entender que o evento foi um fiasco.
  • Hoje a preocupação maior é mais com o que vai vestir, o coturno da moda, em tirar muitas fotos pra mostrar o look da Night. Sim, a roupa é uma representação da cultura, também gosto de caprichar pra sair, mas, se caso não houver como, não me importo de sair mais simples, o importante é curtir com os amigos e apoiar quem faz a cena;
  • Muito "leva e traz", sim eu sei que tem em todo lugar, no caso da nossa cena a falta de diálogo entre as partes envolvidas está causando cada vez mais esse efeito do leva e traz, desfazendo amizades, destruindo muitas vezes parcerias, gostaria de saber das pessoas o que se ganha com isso?
  • Desvalorizam os artistas, músicos, djs usando piadas para publicar nas redes sociais, dando a entender que o evento foi um tédio ou que parte dele com tal atração foi.
Tá faltando união, diálogo e consciência que os maiores prejudicados são quem participa da cena, pois, aos poucos o número de eventos e organizadores interessados vão desaparecendo. Vamos procurar fazer o que os eventos foram propostos para fazerem, divertir vocês, unir, trocar ideias e principalmente manter acesa a chama da nossa cultura tão pouco compreendida para quem vê de fora.

Espero que não levem para o lado pessoal, apenas tentei expressar minha opinião, estou aberta à comentários construtivos, se você participa da cena nos outros estados do Brasil conta aqui pra mim como é, as dificuldades, parcerias, etc.

Vamos valorizar o que é nosso.

Até a próxima.
Bloody Kisses de Lady Wilma.





quarta-feira, 11 de julho de 2018

Revista Tribalizando

Olá caros seguidores,

Venho com este post exclusivo no meio da semana pra conta uma super novidade.
Está no ar a 4ª edição da Revista Tribalizando. Sim amores, essa é a primeira revista no Brasil voltada para a Dança Tribal, com sua primeira edição lançada em 2016. E quer saber mais? É gratuita, semestral, online e em duas versões: português e inglês, ou seja, basta você baixar e ler à vontade.

O objetivo é reunir amantes, admiradores, estudantes e profissionais da dança tribal em um local democrático, sim porque não só profissionais publicam, eu mesma já publiquei na terceira edição sobre a coregrafia Introspecção. E já mandei mais material para as próximas edições. Além também tem entrevistas, artigos, divulgação de eventos, entre outros. Para publicar matérias ou textos é necessário solicitar o edital pelo e-mail: revista.tribalizando@gmail.com

A revista foi idealizada pelas bailarinas: Gilmara Cruz profissional de dança residente da cidade de Curitiba-PR, historiadora, pesquisadora, professora, coreógrafa e bailarina de Tribal Fusion, também é qualificada em Dança pela FUNCEB, membro do Conselho Internacional de Dança CID. E Hellen Labrinos Vlattas, profissional de dança residente na Grécia, bacharel em Direito e Pós-Graduada em Ciências Criminais ambos pela Unipê, advogada, membro da Ordem dos Advogados do Brasil, Paraíba; Vice-presidente da Seção do Conselho Internacional de Dança, situada em Campinas-SP (CID UNESCO).

Pessoalmente tive o prazer de conhecer a Hellen em 2014, onde seu olhar artístico e profissional fez a diferença na coreografia Duo Cisne Negro com a Monique Thompson. Em 2017 tive a oportunidade de revê-la e mais uma vez, como poucas profissionais do nível dela, seus toques trouxeram vida para a minha coreografia da dança da Peneira de Tribal Brasil apresentada na Caravana Tribal Nordeste em João Pessoa no ano de 2017 e no Festival de Dança da Estação Cabo Branco na edição em comemoração ao dia internacional da dança esse ano. 

Quer saber mais sobre a revista?
Acesse os links abaixo:


Baixe todas as edições aqui e leia agora mesmo:

Edição 1


Edição 2:


Edição 3:


Edição 4:


Espero que tenham gostado.
Até a próxima.
Bloody Kisses de Lady Wilma.




sexta-feira, 8 de junho de 2018

UNDERGROUND CONNECTION

Olá caros seguidores,

Atenção galera de João Pessoa-PB, amanhã (sábado 09 de Junho 2018) às 20 horas acontece o Underground Connection, o primeiro promovido pela produtora Rise com o intuito de voltarmos as raízes Gothic Rock, Post Punk, Darkwave, Minimal Wave, Dark Eletro, Electro Body Music (EBM), Industrial entre outros dos eventos na cidade que começaram em 2008 com o Halloween, tendo em vista também que é a única produtora ativa no momento com esse tipo de sonoridade.

Ela também vem com o diferencial de realizar eventos também dentro das vertentes do Rock, Metal e seus subgêneros, atribuindo mais opções para quem não curte um "electro". E mais uma, os ingressos dos eventos contará com um ajuda que seja 1kg de alimento não perecível, material de higiene pessoal ou kg de ração pra cão ou gato, adulto ou filhote. Assim, ao mesmo tempo estará promovendo solidariedade ajudando instituições de apoio à idosos e crianças com câncer, como também ONGs de proteção animal na cidade de João Pessoa.

Essa atitude só prova que quando se quer fazer evento se faz na cara dura, não espera. 

Flyer Oficial do Evento.

Atrações:

DJ's:

-MINUSDECAY (JP)
-BAT (NATASHA - CG) 
-EMERSON ROCHA (PE)
-LIO (JP)
-DJAC (JP)
-WILAME AC (JP) 
-LOF (PE)
-GERÔNCIO XYMOX (CG)
-DECO CURADO (PE)

Entrada:
**(Social) R$ 10,00 + 1 kg de alimento não perecível ou item de higiene pessoal. Ou kg de ração pra cão ou gato, adulto ou filhote.
**(Inteira) R$ 15,00

Na entrada também haverá exposições de artigos para vender da Loja LW Bijoux e Cd's, livros, Revista Gothic Station com Xymox e Natasha. 

Então galera, não tem por que ficar reclamando que em João Pessoa não tem mais evento, encontro todos vocês lá.
Até a próxima.
Bloody Kisses de Lady Wilma.


Acesse:
-Página do Evento: UNDERGROUND CONNECTION
-Página da produtora, curta e fique por dentro dos próximos eventos: RISE PRODUÇÕES


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Resenha: Meus coturnos, tudo sobre eles.

Olá caros seguidores,

Como prometido, aqui vai um post contando tudo sobre meus coturnos. Não são muitos, mas, são aqueles que sempre desejei e consegui. Então, vamos lá.

OBS: Antes de tudo saibam que não estou sendo patrocinada pelas marcas citas.



Minha paixão por coturnos não começou quando descobri o rock e sim quando criança ainda, quando minha mãe comprou um coturno tratora e eu tinha menos de 8 anos, todos chamavam ele de "boca de jacaré", mesmo assim era moda na época e eu amava usar.

Depois com 12 anos a minha vontade era ter um coturno semelhante aos das cantoras pertencentes ao grupo Rouge, sim amores, já dancei muito "assererê" na minha pré-adolescência e cantei muito Brilha la Luna e foi justamente nessa fase entre 2002 e 2003 com meus 12 anos que basicamente implorei para minha mãe comprar um daqueles, mas, não havia nenhum local que vendia essas "belezas" e tive que me contentar com um sapato estilo boneca de plataforma, acreditem ou não eu ainda tenho esse sapato. 

Mas enfim, com meus 13 anos conheci o Rock e ao passar do tempo fui apresentada muitas bandas de estilos diferentes e isso mudou meu visual passando a ser mais influenciado pelas vocalistas da mesmas. Já em 2005 usava algumas referências do visual gótico e eu nem sabia disso, apenas me atentei quando um professor de inglês em 2006 recomendou que pesquisasse sobre o tema Gótico, pois, ele acreditava que eu poderia ser sem saber. Foi aí que pesquisando imagens vi coturnos de vários estilos, customizados, tamanhos, alturas e materiais diferentes. 

Meu primeiro coturno plataforma foi um de cano curto que adquiri em uma loja no centro da cidade, infelizmente ele acabou faz muito tempo, pois, o material do salto era PU e desmanchou. Passei a querer agora um coturno como das fotos góticas que via e encontrei um lugar pra comprar, no shopping da minha cidade existe uma loja que vendia coturnos da marca Vilela Boots, na época não trabalhava e queria muito que meus pais pudessem me dar e foi em 2007 que consegui ganhar este modelo:

Descrição segundo o site da Vilela:
-Coturno em couro grosso e macio preto;
-Cano com 36 cm de altura:
-Ilhós e ganchos cromo e costura no bico;
-Solado plataforma canoa com 6,5 cm de altura em EVA e pneu.

Na época custou R$ 260,00 e hoje na loja ele está custando R$ 357,00. E sim, ainda tenho ele até hoje, já que o produto é feito com material de alta qualidade acaba se tornando incontestável o custo benefício do mesmo. Para aqueles que usam com cuidado, limpa e armazena adequadamente fica difícil contabilizar a durabilidade do mesmo. 

Ensaio fotográfico de 2015 estilo Cyber Goth.

Mas, ainda não estava satisfeita com o da Vilela e meu desejo era um coturno de vinil, passei a "namorar" os modelos da Demonia, afinal não custava nada sonhar pra virar realidade em 2011 quando encontrei no Orkut uma guria vendendo a Torment 804 por não ter gostado do tamanho do salto e o valor era mais atrativo ainda R$ 200,00. Um tremendo achado e eu não podia perder essa oportunidade, corri e peguei dinheiro empestado e consegui comprar, o único defeito foi que o salto estava arranhado, mas, de qualquer forma era nova e valeu a pena o esforço.
Demonia Torment-804 5 1/2"

Só posso dizer que a paixão por esse coturno é eterno e embora eu ame tanto, ainda sim não é um isso tudo quando falamos de conforto, passar várias horas de evento dançando com ele acaba com meus pés e a durabilidade também não é lá essas coisas, pois o courino que reveste por dentro atualmente já é inexistente, desmanchou. O salto é frágil, em locais planos tudo ok, mas, em paralelepípedos estraga completamente o salto, digo por experiência própria. Também se passar muito tempo sem uso e armazenada em locais úmidos pode fazer o salto descolar, mas, é o mínimo dos problemas. 

Foto 2011

Foto 2013

Foto 2015 ensaio fotográfico Cyber Goth
Mostrando o salto que havia descolado no meio das fotos.

Percebendo que aos poucos mesmo com uso da Demonia Torment 804 para alguns eventos, infelizmente iria acabar chegando o dia em que terei que aposenta-lá. Resolvi começar uma nova caçada para encontrar outra belezura e em 2016 achei no Marcado Livre uma pessoa vendendo a Demonia Stack 301 nova na caixa e por R$ 320,00, paguei R$ 80,00 de frete do Sedex. 
Descrição da internet
Bota gótica alta no joelho com padrão de tijolo na bota e plataforma com plataforma robusta de 7 "disponível em preto fosco, patente em preto

É claro que logo fiz aquele ensaio Cyber que tanto estava querendo. Aproveitei também pra gravar vídeos do projeto Cyber Industrial Dance Latinoamerica à convite do Joel Hurtado, vídeo que pode ser conferido aqui: Industrial Dance Brasil Lady Wilma 2017.

 Ensaio fotográfico 2016
Antiga linha do trem Porto do Campim e Praça da Independência em João Pessoa-PB.

Desde o ano passado que procuro um coturno para ir aos eventos mais simples sem precisar usar um desses, evitar desgastar tanto. Cheguei a comprar uma tratorada de camurça, mas, não gostei e coloquei pra vender. Passei a olhar a loja da Vilela já sabendo que iria adquirir um produto de ótima qualidade e encontrei esse modelo:

Descrição do produto segundo o site da Vilela Boots:
Coturno em couro grosso e macio preto;
Cano com 25 cm de altura;
5 Fivelas removíveis com spike;
Spikes e costura no bico;
Solado plataforma reta com 6,5 cm de altura em EVA e pneu.

Este modelo lembrava muito a primeira que tive anos atrás de cano curto sem os spikes e as fivelas. Me apaixonei só de olhar e estava decidida a comprar no site, acabou surgindo a oportunidade de ir à São Paulo em janeiro desse ano e não iria perder a oportunidade de ir na loja física na galeria do Rock comprar pessoalmente meu coturno, mas, perdi o amor por ela depois que calcei e não achei bonito no meu pé, embora ainda ame esse modelo.

Do meu lado encontrei outro modelo que já tinha visto no site mas, achava que ficaria horrendo, até que experimentei e amei, comprei e hoje é meu outro xodó. Custou-me R$ 250,00 valor merecidíssmo pela qualidade que já conheço. Pelos menos com essa consigo passar mais tempo sem incomodar meus pés já que os da Demonia são bastantes desconfortáveis (na minha opinião). 

Descrição do Produto segundo a Vilela Boots
Coturno feminino em couro grosso e macio preto;
Cano com 18 cm de altura;
Ilhós cromo, zíper preto e costura no bico;
Salto com aproximadamente 10 cm traseiro e 6 cm frontal de altura e solado em EVA e borracha Amazonas.

Pra conservar meus coturnos em ótimo estado, sempre que faço uso limpo com um pano estilo flanela e seco, deixo pelos menos 24 horas fora da sapateira pra levar ar fresco. Com os da Vilela uso cera líquida pra polir e conservar o couro, também deixo um tempo ao ar livre. Faça isso pelos menos uma vez na semana pra evitar mofo, caso você guarde em local fechado como eu. Se o salto da Demonia descolar, basta levar em um sapateiro de confiança pra colar novamente com material adequado, não use super cola, não serve pra isso, resseca e descola fácil e destrói seu calçado. Os da vilela não tem preocupação de soltar a plataforma pois, são costurados, pelo menos os dois modelos que tenho. 



Bom, espero que tenham gostado do post, nunca comprei no site da vilela mas os preços são os mesmos que você vai encontrar na loja, eles vendem pelo mercado livre também com frete grátis mas, o valor é mais alto, vale pesquisar pra saber quanto fica o valor do frete no próprio site da marca. Já as Demonias essas acredito que sejam as únicas terei, pelo simples fato de ter realizado o sonho de tê-las, então, meus planos é customizar um coturno 3 em 1 e quando ficar pronto mostro pra vocês, ok?
Qualquer dúvida podem perguntar amores.

Até a próxima.
Bloody Kisses de Lady Wilma.

sexta-feira, 9 de março de 2018

JANADARA'S ATS

Olá caros seguidores,

Hoje a postagem atrasou mas, está aqui.
 Divulgando para vocês vídeo do grupo Jandara's ATS, formado por bailarinas de dança tribal que possuem o objetivo de estudar e partilhar os conhecimentos sobre o American Tribal Style ou o famoso ATS. O grupo não possui membros fixos, ou seja qualquer um que tenha conhecimento prévio desse estilo de dança pode integrar-se e dançar quando quiser. A ideia é que seja algo sem compromisso, apenas para dançar e compartilhar energias.

Mais do que nunca esse estilo de dança tem me fortalecido, a partir dos estudos consegui melhorar minha postura na dança tribal fusion. Sem contar a alegria que é tocar com outras mulheres, com experiências diferentes, sentindo a energia de cada uma, não tem preço.

Então se você é de João Pessoa-PB, tem conhecimento no estilo e deseja dançar no grupo, vem conosco. Pode procurar-me para saber onde acontece os ensaios mensais e quando terá apresentações. 

No vídeo à seguir participam do vídeo:

Luana Aires
Bailarina de tribal fusion, tribal Brasil, ventre. Pesquisadora, professora de tribal fusion, integrante do duo Ta_Lu, ex integrante da Cia Luany de João Pessoa-PB. Seu estilo de dança sobre influências das danças populares brasileiras, orientais e do hip Hop. 

Thaismary Ribeiro
Bailarina de Tribal fusion, ventre, tribal Brasil. Pesquisadora, integrante do duo Ta_Lu, integrantr da Cia Fuá de Terreiro, ex integrante da Cia Luany de João Pessoa-PB. Seu estilo de dança sofre influências das das populares brasileiras e orientais. 

Jeniffer Santos
Bailarina de Tribal Fusion e ATS. Desenvolve seu estilo de dança com base nas culturas dos povos medievais e celta. 

Lady Wilma
Bailarina de Tribal Fusion, Ventre, Tribal Brasil e Industrial Dance. Integrante do Grupo Gypsy Fire de Danças Étnicas de João Pessoa-PB, ex integrante da Cia 5A. Seu estilo sofre influências do Dark fusion, danças populares brasileiras e ciganas. 

Esse vídeo é apenas um Teaser para divulgar o grupo, espero que gostem.


Se gostou, deixa um joinha lá no vídeo no YouTube.

Até a próxima
Bloody kisses de Lady Wilma.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Seleção para Bolsista de Dança do Ventre!

Olá caros seguidores,

No post de hoje vamos falar sobre ser uma estudante de Dança do Ventre e a seleção de bolsista para o Studio da Vanessa Lira.
Simbora!!!


Esta foto foi tirada no dia da reunião das bolsistas, onde as selecionadas encontram-se no fundo da foto contando comigo de vestido amarelo, do meu lado a Jadely Santos, seguida da Gilvânia Gomes e Carolina Nunes. E na frente as três professoras de dança do ventre a Helene Soares e a Helyne Soares, na qual a do meio é a Vanessa Lira, professora que quando a conheci, surgiu aquela vontade de estudar com ela. 

Quem me acompanha aqui no blog já sabe que minha primeira professora de Dança do ventre é a Alecsandra Matias, responsável por trazer o estilo para a Paraíba, estudo com ela desde maio de 2014. Pouco tempo depois fui conhecendo outras professoras na área e a Vanessa Lira sempre me chamou atenção, pois, seu estilo de dança tem uma delicadeza, uma beleza inexplicável e simplesmente senti que precisava estudar com ela também, não para copiar, nunca devemos copiar ninguém, e sim, adquirir conhecimento estudando, criando nosso próprio estilo.

Algumas pessoas acham que estudar com mais de uma professora é um erro, pois, você pode acabar ficando meio confusa e tentar comparar uma professora com outra, mas, se o seu objetivo assim como eu é evoluir nos estudos através de outros profissionais, é necessário ter bom senso. O que significa que cada professor(a) tem seu método de ensino então, é uma gafe comparar o que você aprendeu com uma professora com o que a outra está te passando, além de que a profissional pode sentir-se ofendida. Então colega, tenta manter a mente aberta, pois, embora seja o mesmo conteúdo ainda sim, você pode encontrar algo que ainda não foi assimilado, ou talvez você aprenda uma forma mais fácil de realizar aquele movimento, enfim, acho que deu pra entender.

Bom, meu objetivo um dia é ser uma profissional na área, assim como também uma futura professora, então para mim estudar com profissionais que admiro está sendo prioridade, até mais que minhas coreografias solo e apresentações. Mas, antes dessa seleção surgir, já tinha feito inscrição para estudar com mais uma profissional que admiro a Maria Badulaques no curso de ATS® online, assim como também faz pouco tempo que cheguei de viagem e gastei um pouco além da conta, normal né amores, que ninguém é de ferro..rsrsrs!!!! 

Então, o dindin para matrícula do primeiro semestre ficou impossível, apareceu a oportunidade dessa seleção e a cara da criatura quando viu o post no facebook? Assim né 😍😍😍.. Mas, logo senti que não daria certo para mim, pois, já que meus estudos são mais voltados para o Tribal, achei que meu perfil não seria o ideal para a escola e confesso pra vocês que minha dança do ventre ainda é bastante influenciada pela postura e movimentos do tribal, o que muitos chamam de "dança do ventre suja" e até comentei minha inquietação com a Vanessa no privado, no entanto, ela me incentivou a participar, tomei coragem e fui. A única exigência era ter no mínimo 6 meses de experiência de dança do ventre.

A seleção aconteceu em pleno domingo, às 9:00 horas da manhã do dia 04 de Fevereiro, na sala do próprio studio, com três etapas: 
1- Preenchimento de ficha de inscrição;
2- Entrevista;
3- Aula Prática.

A ficha pedia além dos dados pessoais, citar com quais profissionais já estudou e os estilos de dança que pratica ou já praticou e por quanto tempo. A entrevista buscava entender qual a sua concepção de uma boa aluna, profissional e professora de dança, além dos seus objetivos dentro da escola. Na aula prática tivemos a Helyne Soares passando movimentos sinuosos e um pouco de rápidos com shimmies, por último a Vanessa Lira passou uma pequena sequência para ser repetida de frente e de costas para o espelho.

Confesso que fiquei ansiosa, esperava não ser selecionada e fiquei surpresa com o resultado, e muito feliz já que finalmente iria estudar com a Vanessa. Mas, lembrem-se, como bolsista você tem deveres à cumprir com a escola, não vou citar aqui pois, considero desnecessário, já que em 2019 haverá outra seleção e tudo pode mudar. Basta vocês saberem que um(a) bolsista precisa abraçar o projeto, precisa estar disposto à mergulhar fundo para fazer valer sua posição, o que para mim não vai ser esforço. Digo isso por ser algo no qual já ansiava, e tudo que desejamos e conseguimos por mais trabalhoso que seja, não sentimos que seja um fardo e sim uma conquista, por isso, pretendo saboreá-la aproveitando todas as oportunidades que surgirem.

Existe alguma fórmula para participar de seleções como essa? Eu respondo que não amores, basta serem vocês mesmos, responder os questionários com bastante sinceridade, não procurem mentir pois, se for selecionado(a), as professoras irão perceber durante as aulas que você não corresponde com o perfil descrito no dia da seleção. 

As minhas aulas já começaram, estou nas turmas do básico e fiquei satisfeita, adoro aprender mais e princialmente coisas novas. Vocês podem se perguntar:"-Mas você já faz dança do ventre desde 2014, como está na turma do básico?". Nunca me senti diminuída em voltar pro básico, vira e volta sempre temos que voltar para ele. Na dança o básico bem feito é a "base" para uma dança mais fluída e sempre tem algo que passa batido, algo que não dominamos ainda, movimentos que merecem uma atenção maior e principalmente corrigir vícios, como disse lá em cima, cada professora tem seu método, seu cronograma de aula. 

Então seguidores, estou amando as aulas, anotando tudo que posso, principalmente exercícios, nomes de movimentos, chego em casa com tempo, passo à limpo pro meu caderno, com todas as observações e pesquisas, dúvidas também para as próximas aulas, pois, esse é o método que tenho para estudar, a minha melhor forma para não esquecer também.

Espero que tenham gostado, vou deixar aqui em baixo duas imagens onde vocês podem conferir horários e quais modalidades a escola oferece, para mais informações só acessando a página no facebook ou através do whatssap que estará na imagem logo à seguir.

Até a próxima.
Bloody Kisses de Lady Wilma.





P.S. Próximo post irei falar de ATS® com o grupo Jandara's, não perca já é próxima sexta-feira.
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Ensaio Fotográfico 2017- Tribal Fusion com Espada

Olá caros leitores,

Sexta-feira, dia de postar para vocês, gostaria de trazer uma resenha de maquiagem, mas, o meu tempo não permitiu sentar e passar tudo que escrevi no papel para o blog. Então, hoje estou mostrando as fotos do meu ensaio fotográfico referente a mais um de meus trabalhos.

Antes das fotos, gostaria de falar um pouco sobre, já que esse trabalho não foi realizado com base em outro personagem e sim, em mim mesma. E acredito que foi tão fácil dançar essa coreografia justamente por representar um quadro fiel da minha personalidade, é simples mas, feita com muito carinho.

As fotos no final do post são para divulgar a coreografia de Tribal Fusion intitulada Minha Guerreira Interior, elaborada para o ano de 2017 e foi apresentada em primeira mão no Lua Azul, evento de dança realizado em Recife-PE (Brasil) no mês de Março do mesmo ano, organizado pela Esmeralda Produções. Também foi apresentada em João Pessoa-PB no Festival da Estação Cabo Branco em Abril (tem vídeo da apresentação, mas, a resolução não ficou legal e devido à isso não foi postado no youtube) e em Junho no Encontro de Danças Étnicas promovido pelo Grupo Gypsy Fire de Danças.  

A ideia da coreografia surgiu na virada do ano novo, onde dancei para um evento particular com um improviso de tribal fusion com espada, postei um trecho dessa apresentação na minha página do facebook, mas, aconteceu algo pelo qual eu mais temia desde o dia em que comecei a dançar com espada, ela caiu da minha mão enquanto transferia a mesma de uma mão para outra atrás de mim. Sim!!! A espada caiu no chão e bem na minha frente, eu poderia ter simplesmente deixado ela no chão ou apanha-lá pedir desculpas ao público e sair do palco. Não, minha reação foi a mais inesperada possível, simplesmente fui ao chão com charme e graça, apanhei a espada e tornei à dançar como se nada tivesse acontecido.

E você leitor me pergunta: "- Você ficou nervosa? Você não ficou com medo que as pessoas debochassem de você?". E minha resposta é não, pois, não sei o que aconteceu comigo, foi tão rápido, como se algo tivesse reagido por mim. E foi quando comecei a acreditar que a minha Deusa interior tinha tomado conta do meu corpo para guiar-me nessa situação que é constrangedora para qualquer bailarino, até para os profissionais. No final da apresentação agradeci ao público e não pedi desculpas, já que não havia nada para desculpar, e sei que alguns de vocês até bailarinos profissionais podem achar essa minha postura uma gafe, mas, para minha Deusa Interior isso foi algo que eu precisava passar para perder o medo e perceber que tudo pode acontecer no palco, seja no improviso ou com meses de ensaio. O que importa não é a espada cair e sim, a maneira como você consciente ou no meu caso inconscientemente toma a decisão de agir de forma a não fazer as pessoas notarem o "erro". Pois se tem algo que aprendi com o teatro foi que, quanto mais você pede desculpas e fala do seu erro, mais as pessoas vão dar importância à ele. 

No final de tudo, passei a explorar mais aquele movimento no qual a espada escorregou da minha mão e uma nova coreografia aos poucos foi saindo, algo que não era um personagem, era algo que eu queria fazer, algo que eu queria colocar na minha dança. Então, um momento de introspecção tomou conta das minhas meditações, passei à buscar dentro de mim conceitos e palavras de estímulo que pudessem me dar base para colocar sentido ao trabalho que estava sendo desenvolvido. 

Palavras como: equilíbrio, força, beleza, carisma, sonho, coragem, fragilidade e determinação surgiram na minha mente, elas fazem parte das minhas atividades diárias, e como elas se ligam à minha coreografia? 

A palavra equilíbrio vem dos momentos em que é preciso respirar, acalmar-se e resolver os problemas do dia-a-dia; a força de vontade de querer algo e fazer acontecer por méritos próprios; a beleza de ser amada e amar, de acordar e saber que a verdadeira beleza encontra-se dentro de nós mesmos; o carisma para conhecer novas pessoas, novas possibilidades; sonhos que ainda tenho para realizar, outros deixados pra trás e outros ainda em construção, sendo lapidados pelo tempo e pelas experiências boas e ruins; a coragem de passar pelas dificuldades mesmo com lágrimas nos olhos e sentir à vitória no final da jornada; fragilidade porque não sou de ferro embora tenha que ser em alguns momentos; determinação em continuar, persistir até conseguir meus objetivos. 

Essas palavras deram base para posturas, possíveis pontos de equilíbrio da espada no meu corpo e uma melhor organização do roteiro onde a "historinha" foi montada. Explorei quatro pontos de equilíbrio que nunca havia feito antes com espada na dança e eles possuem ligação com  as palavras de estímulos, esses são:
1- Na cabeça colocada com a ponta na mesma linha do meu nariz em modo transversal, ou seja, nada tradicional, afinal é tribal fusion.
Palavras de estímulo usada como referência: equilíbrio, coragem.

2- Nas costas, mudando a direção e níveis do corpo para que as pessoas pudessem ver de vários angulos;
Palavras de estímulo usada como referência: força, coragem;

3- No ombro onde faço giros contínuos e rápidos, já havia feito esse movimento antes mas, sem giros, o que aumentou a dificuldade do equilíbrio;
Palavras de estímulo usada como referência: equilíbrio, força, determinação.


4- E por fim, na ponta do dedo indicador girando a espada em cima da cabela e em baixo, retornando duas vezes pelo mesmo trajeto.
Palavras de estímulo usada como referência: equilíbrio, força, coragem, determinação.

Dos aéreos explorei movimentos como jogar a espada no ar e pegar novamente, girar ao redor do corpo e entre meus dedos trocando de mãos, passando pelas minhas costas, demonstrando coragem, aquela que não tem medo de tentar novamente. A beleza e o carisma vem com os movimentos iniciais da coreografia, antes de descer ao chão e pegar a espada faço uma flor de lótus como simbolo da sabedoria e junto as mãos levando-os ao peito, agradecendo à minha Deusa Interior, além de bater os punhos com as mãos fechadas no quadril, representando a força de trabalho das mulheres, simbologia do trabalho duro, muito comum nas coregrafias de dança cigana turca. 

A fragilidade vem com o trabalho que tive em tentar manter minha ansiedade no lugar e sentir à música, já que havia escolhido outra para esse trabalho, aguardar o tempo certo para realizar os movimentos sem parecer desesperada, algo muito comum quando danço com véu por exemplo, trabalhar isso foi também desafiador, mas, conseguir colocar leveza e força ao mesmo tempo nos movimentos. O sonho vem da felicidade em ter a oportunidade de apresentar esse trabalho tão íntimo para as pessoas e ser aplaudida de forma calorosa, sentindo a evolução como bailarina dentro dessa coreografia, isso em todos os sentidos e foi onde finalmente pude ser eu mesma.

O figurino também representa o próprio eu, nas cores que amo, usando roupas das quais não usava mais, então, customizei junto com minha cunhada Socorro e consegui o que queria, parecer uma bailarina de tribal fusion e ao mesmo tempo que lembrasse uma amazona. Optei por menos acessórios com o intuito de evitar que a espada pudesse enroscar em algo. Confesso que esse figurino tem uma pegada Dark, mas, ao mesmo tempo tem sensualidade sem ser vulgar. 

E por fim, a música escolhida foi Mara Despina de Can Atilla, simplesmente linda e muito profunda sua melodia, usava bastante para meditar e caiu "como uma luva".

A espada usada na coreografia e nas fotos é do Espada No, vou deixar o link para vocês no final do post para quem quiser adquirir, são artesanais com materiais de muito bom gosto e o equilíbrio é perfeito, essas eu recomento sem medo.

As fotos à seguir representam partes da coreografia, o ensaio foi realizado no Parque Arruda Câmara mais conhecido como Bica, já que amo a natureza, nada mais inspirador e perfeito para essas fotos que a mata, espero que gostem.






Os agradecimentos especiais vão para minha cunhada, que se não fosse por ela esse figurino não seria possível. A minha mestra em dança do ventre e cigana Alecsandra Matias pelas dicas e por me ceder essa música linda, além de ter sido a primeira pessoa à colocar uma espada na minha cabeça. A Andrea Monteiro minha primeira professora de Tribal Fusion. A Kilma Farias por seus ensinamentos de composição coreográfica e manuseio de espadas para dança tribal. Ao mi amore DJAC por essas fotos lindas, sem ele não seria possível realizar tanto, pois ele me apoia em tudo, sou grata por você existir na minha vida. E à tantas outras pessoas por tanto amor, carinho e por cederem o espaço de ensaio o coordenador do Centro da Juventude do Rangel o Adailson, gratidão. 

Nunca deixe que as pessoas digam que você não é capaz, tudo é possível, basta apenas você tentar, persistir e dedicar-se com amor, sem passar por cima de ninguém. Apenas seja você mesmo.

Até a próxima
Bloody Kisses de Lady Wilma. 

Link do Espada No: http://www.espadano.com/